Degeneração macular relacionada à idade (DMRI)

Degeneração macular relacionada à idade (DMRI)

A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) pode ser definida como uma condição crônica que pode levar à perda irreversível da visão central.

Ela desenvolve-se lenta e progressivamente (não maioria dos casos) e é a causa mais comum de baixa visão na população com mais de 60 anos em países desenvolvidos. Ela é causada essencialmente pelo comprometimento da mácula, a estrutura responsável pela visão central e de cores.

Drusas em região macular. (Fonte: webvision.med.utah.edu)

Drusas em região macular. (Fonte: webvision.med.utah.edu)

Classificações

Existem duas classificações da doença:

  • Forma seca (mais comum): ocorre o acúmulo de “drusas” na área macular e diminuição progressiva da espessura desta região, levando ao comprometimento dos fotorreceptores e consequente baixa visual significativa.
  • Forma úmida (ou exsudativa): tem como principal característica a formação de novos vasos sanguíneos na coróide (camada de vasos sanguíneos localizada “embaixo” da retina) podendo levar à ruptura das camadas retinianas e acúmulo de líquido entre essas camadas.

Sintomas

Os sintomas da DMRI incluem (dentre outros):

  • Visualização de “mancha” no centro da visão
  • Distorção de imagens, principalmente linhas retas, que passam a ser visualizadas com tortuosidade (alteração conhecida como metamorfopsia)
  • Alteração na visão de cores
Metamorfopsia: distorção de imagem, em que linhas retas são enxergadas de forma tortuosa.

Metamorfopsia: distorção de imagem, em que linhas retas são enxergadas de forma tortuosa.

Tratamento

Os tratamentos disponíveis atualmente concentram-se na forma úmida que, apesar de menos comum, é muito mais grave e com potencial dano irreversível à mácula. Esta abordagem é feita através de terapia com injeções intra-vítreas de substâncias conhecidas como anti-angiogênicos.

Diagnóstico

O diagnóstico de DMRI é feito através de exames como o mapeamento de retina, tomografia de coerência óptica (OCT) e angiofluoresceinografia.
Após os 50 anos o exame oftalmológico periódico auxilia no diagnóstico precoce da DMRI, mesmo antes dos sintomas iniciais surgirem.